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1/11/2016 – 16:00
Single reafirma a boa safra de baladas da banda de rock paulista desde Histórias e Bicicletas
por Tiago Abreu
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Quando Oficina G3 lançou o álbum Histórias e Bicicletas, o destaque das baladas, algo guardado no passado na banda, voltou à tona. Entre o lapso que separa o pós-lançamento de Elektracustika e o ano de 2013, o conjunto paulista produziu o álbum Depois da Guerra, obra que claramente tirou o protagonismo das canções mais lentas.
Em seu sucessor, com grandiosas faixas como “Lágrimas”, as baladas voltaram ao seu posto de destaque. E pelo o que mostra “João“, nova música assinada por Duca Tambasco, Jean Carllos, Juninho Afram e Mauro Henrique – nesta ordem – estas canções continuarão a reinar entre as mais belas canções do grupo de rock.
“João” é uma canção imponente, imprevisível e extremamente rica em termos de harmonia. A letra, que retrata a posição de João Batista em batizar Jesus Cristo, é conduzida em primeira pessoa e, assim como “Tudo É Vaidade“, traz um dueto entre o vocalista Mauro Henrique e o guitarrista Juninho Afram.
O refrão, que figura o processo exato de submersão às águas, é intenso e traz arranjos vocais eficientes de Mauro. Vozes que, de certa maneira, conduzem com maestria a ponte, de teor vertical. Por ser uma banda que nunca se propôs a se fazer músicas de conteúdo mais ‘congregacional’, é normal afirmar que “João” é a música mais direta de toda a discografia da Oficina G3.
Não há como comparar “João” a outro trabalho da banda que não seja Histórias e Bicicletas. Com o disco mais recente dos paulistas, gravado em Londres, o grupo abraçou, finalmente, um caráter artístico mais poético que não se viu em nenhum outro trabalho da banda. O som exigiu mais técnica, complexidade e, obviamente, ficou menos previsível.
Apesar disso, a banda não corre tanto atrás da técnica como no soberbo Além do que os Olhos Podem Ver. Também não parece mostrar interesse no peso cíclico de Depois da Guerra. E, obviamente, não precisa. O grupo respira novos ares e, para quem está na estrada há quase 30 anos, todo suspiro é fundamental para que sua relevância não se perca. É disso que surgem canções como “João”.
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Fonte: Gospel Prime