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De volta a Salvador para comandar um show neste sábado (12), na Boate Tropical, a cantora Ludmillah Anjos anseia matar a saudade de seu público. Morando em São Paulo desde 2016, onde tem se dedicado ao teatro musical, a baiana revela que o coração fica dividido entre os dois lugares. “O destino me levou pra lá, mas, volta e meia, estou aqui. O show vai ser para comemorar o meu aniversário. Casou certinho. Quanto a São Paulo, surgiu o teste para fazer o ‘Ghost- O Musical’. Passei e precisava ficar lá, pois a temporada já era de 5 meses. Depois, fiz o teste do ‘Homem de La Mancha’, passei novamente e fui permanecendo”, lembrou. Durante esse tempo, a artista foi indicada como melhor atriz de teatro pelo Prêmio QUEM 2016, lançou canal no YouTube, fechou contrato com uma casa de festa paulista, em que comanda a noite todos os domingos, e recentemente fez o show “Emoções e Raízes”, em que abordou outras facetas enquanto cantora. “Foi incrível essa experiência. Cantei autorais, fiz cover de divas que sempre admirei. Emoção pura”, realçou antes de completar: “Quero trazer para Salvador. Já estou escrevendo o projeto e correndo atrás de patrocínio”.
Não tem como negar que até hoje o seu bordão “Pah” está na memória das pessoas que acompanham o “The Voice Brasil”. Sua passagem pelo programa global em 2012 volta e meia é lembrada, especialmente pela batalha com a cantora Karol Ka, na época com o sobrenome Cândido, na música “Não Enche”, de Caetano Veloso. “Foi uma experiência incrível, pois além de ter sido tratada como uma estrela de verdade, fiquei bastante à vontade no palco e o público percebeu isso. O programa foi só o começo, abriu as portas, a luta veio depois. O maior trabalho é entender essa oportunidade para correr atrás do que deseja”, explanou. Indagada se aceitaria participar novamente da competição, foi prática. “Como convidada. Tipo, uma edição com os ex-participantes, sabe? Iria com maior louvor para mostrar esse novo momento, o quanto amadureci. Porém, pra fazer teste não. Passei dessa fase”, provoca aos risos.
Após entender que o programa serviu como uma janela para visibilidade, Ludmillah lembrou que lidar com o preconceito é o desafio diário, principalmente por ser “mulher, negra e periférica”. “No Brasil é assim, infelizmente. Fui muito bem educada pela minha mãe, pois não tive pai. Sou culta, estudada e guerreira por causa dela, mas não temos como esquecer que a maioria da população vive à margem da sociedade. Não tem oportunidade mesmo. Até hoje sofro, mas a gente chega lá. Nunca deixei de lutar um segundo da minha vida”. Ao ser questionada se, diante desse quadro, viver de arte em São Paulo é mais “fácil” que Salvador, explicou. “Pra quem quer ir além da música, sim. O mercado aqui é mais abrangente para essas outras carreiras”, aponta ao dizer que não consegue escolhe entre as duas carreiras. “Preciso das duas coisas pra ser feliz. Quero sempre estar gravando alguma coisa, subindo no palco e me adaptando às novas plataformas”, finalizou.
Fonte: Bahia Notícias